Lá estão eles, todos na coxia. Bailarinos, atores e cantores.
Ansiosos, esperançosos e animados.
Com a euforia tomando conta de cada célula.
Após meses de preparação. Após noites sem dormir.
É chegado o grande dia, o dia do espetáculo.
Cada um sabe muito bem o que fazer. Está tudo demarcado.
É dado início a contagem regressiva. As cortinas se abrem. O coração acelera.
Cada giro, passo de ballet, expressão facial ou melodia cantada, determina o ato seguinte da apresentação.
Ali, no palco, o profissionalismo é exigido. Cada segundo é determinante.
O ideal seria que nada saísse fora do que foi planejado.
Mas, e se por acaso algo não saísse como o esperado.
E se a música parasse, o artista não entrasse.
O que aconteceria?
O espetáculo seria um fiasco?
Não.
Muito pelo contrário, cada situação não planejada serviria para ensinar algo valioso.
Pessoas sensíveis entenderiam que, mesmo quando a música que anima a sua vida para de tocar, você deve continuar, pois já sabe cada passo que deve dar. O importante é não desanimar e dançar.
Se algo na sua vida parece demorar, você entende que é preciso ter mais paciência consigo mesmo, e que o importante é não desistir.
Quando as coisas parecem emboladas, apenas tenha esperança, e espere, porque no tempo certo as coisas vão se ajustar. E que está tudo bem pedir ajuda. Isso significa maturidade.
E ao final do espetáculo, quando as cortinas começam a se fechar, você se dá conta de que o importante é olhar para vida, e dar valor para o que realmente importa.
Meu nome é Camila, mas meus amigos mais próximos me chamam de Camis.
Sou formada em Pedagogia e Jornalismo. Atualmente trabalho como educadora infantil.
Na adolescência eu escrevia poemas em meu caderninho. Hoje gosto de escrever crônicas.
Escrever me ajuda a colocar os pensamentos em ordem.