Hoje morreu Rita. Nunca lidei bem com a morte, seja de perto ou de longe, me dói saber que o corpo não será mais visto, sentido e nem lembrado muitas vezes. Mas esse não é o caso de Rita, inesquecível.
Talvez essa partida nem tão breve, mas ainda sim precoce doa mais em quem queria um mundo com mais pessoas como Rita, ou queria ter sido Rita, que soube viver, que viveu de tudo, que não teve medo.
Dói perder gente que vive, dói porque sabemos que estamos fazendo algo de errado, mas alivia por saber que ela não esperava nada de nós, nem dela mesmo, esperar era chato, cafona, bom era ser autêntica.
Quando morre Rita revive uma parte de nós, meio rock in roll, de querer se vestir com irreverência, de sair para woodstock nos anos 2020, de se embebedar de vida ou outra pseudo alegria que ela parecia tirar de qualquer lugar.
Daqui a dois dias esqueceremos um pouco esse ímpeto, mas não dela. A morte é assim, e me assusta mais que me entristece, porque com ela repentinamente lembramos que o tempo passa, mas esquecemos de saber ser feliz independente do tempo.
É difícil encontrar felicidade em tanta maré ruim, me sinto cada vez mais como a velha Rita, numa cadeira de balanço sabendo de tudo que vivi, mas consciente de que não há como voltar.
A diferença é que agora ela vive mais livre com o espírito dela por qualquer lugar que seja, e a gente? A gente tem que reviver Rita aqui dentro ainda em carne, para que mesmo na cadeira de balanço com pouca ou média idade, a gente tenha sempre algo bom a se dizer, alguém para inspirar ou uma música para cantar.
Nem que só por hoje, lembraremos para sempre
Oie, eu sou a Bianca Dal Pont, comunicóloga de formação e apaixonada pela escrita desde que me conheço por gente. Me expressar sempre foi minha missão e o que da sentido a minha vida. A escrita foi e vem sendo meu alicerce no momento mais difícil da minha vida e com isso já publiquei até um livro!
Podcasts e cultura pop são minha praia também! Espero levar você ao encontro dos deus sentimentos com a minha escrita.